sexta-feira, 19 de junho de 2009

POESIAS

Eu parti com o coração partido


Com o coração partido
Eu parti
Sem pensar em nada
Sem me despedir
Com o coração partido
Eu parti

Sem sorrir
Só chorando e com o coração sangrando
E penando

Com o coração partido
Eu parti

Belas lembranças
Brancas nuvens de minha terra

Com o coração partido
Eu parti

Sentindo no rosto
Os ventos da primavera vindoura

Com o coração partido
Eu parti e chorei

Com o coração partido por você.

Thiago Guimarães
Fevereiro de 2003



Ela e somente ela


Ela
E
Somente ela
Pode me salvar

Ela
E
Somente ela
Me faz amar

Já pedi a lua para ela voltar
Já implorei as estrelas para seu caminho iluminar

Ela
E
Somente ela
Me fará deixar de ser sozinho

Ela
E
Somente ela
A flor que não tem espinho

Ela
E
Somente ela
Vai me amar, me dar carinho

Ela
E
Somente ela
Me fará deixar de ser sozinho.

Janeiro de 2003



A MENINA NA CHUVA


A menina na chuva
Treme de frio
A menina na chuva
Sem ninguém para ajudar

Pobre criança
Sem esperança

Muda, triste situação
Batendo os dentes
A menina na chuva
Mesmo na solidão
Sorri contente

A menina na chuva
Canta e dança
Apesar de tudo
É apenas uma criança.





Calvário e cruz


Jesus rei dos reis
Morreu na cruz
Pelos nossos pecados
Para que recebêssemos
A luz

Por nossos erros
Não a recebemos

Enfrentou
Calvário e cruz
Pobre Jesus
Que pela humanidade
Lutou

Pobre de nós
Por quem ele chorou

Por quem pediu perdão

Pobre de nós
Seres despidos de santidade

Seres impregnados de maldade
Pobre de nós
Almas sem luz

Calvário e cruz
Temos em nossas mãos
Em nossa consciência
O sangue de Jesus

O filho de Deus
Que por nossos pecados
Sofreu
Calvário e cruz.

24.01.02



Enluarado

Enluarado,
Céu estrelado,
Chão molhado
Pela chuva do dia anterior

Enluarado
Céu de amor,

Oh, enluarados seus cabelos negros
Belos e molhados pela chuva do dia anterior

Enluarado céu de amor


Thiago Guimarães 11.12.2004



Acelerado


Sinto a garganta seca, os olhos úmidos, o coração apertado
Piso no freio, não resolve, pois estou acelerado
Nem meus poemas aliviam o que sinto
Se disser que estou bem
Minto para mim mesmo

Sigo sem direção
A esmo pelas auto-estradas
Procurando, sei lá, eu mesmo

A mesmice do cotidiano que me deixou doente
Na sociedade decadente e besta
Sinto a garganta seca na velocidade do meu carro pela estrada.


Thiago Guimarães.




O brilho de uma estrela

Uma estrela brilhou na noite escura
Uma única estrela
Fico feliz ao vê-la tão radiante

Felicidade distante
Brilhou com ela
E me espera para me amparar ao amanhecer
Quem dera que aquela estrela fosse você

Uma estrela brilhou e me fez voltar no tempo
No que restou
Cruel astro que castiga
Brilhou a estrela amiga da felicidade

Uma estrela brilhou
E me trouxe
Saudade.

Thiago Guimarães




No Asfalto

Na estrada as emoções se perdem loucamente
No asfalto
A minha mente se desliga, pira, gira
Em sinal de fraqueza, agilidade e destreza

No asfalto, cansaço e leveza
No amor

No asfalto o calor de um beijo, na lembrança de um
Momento um desejo perdido para sempre

No asfalto
Seguir em frente
Sem pensar, no asfalto
Recomeçar

Para tentar esquecer você
O ronco do motor, a velocidade me traz a saudade
No asfalto vou seguir em frente sem pensar
No
Asfalto
Recomeçar.


Thiago Guimarães.



Tudo mudou
Quando te vi

Não suportava mais a vida
Não conseguia mais sorrir
Tudo mundo
Quando em uma tarde te vi

Vieste com graça e beleza
Toda sua riqueza
Estava no olhar
Nos cabelos e jeito de falar

Eu estava mal
Triste, desmotivado
Ferido com o amor
Nada movia meus atos
Somente a dor
Que não deixava de sentir
Tudo melhorou quando te vi

Ouvi seus passos comedidos
Virei-me e vi seu sorriso

Vieste com leveza e destreza
Para me arrebatar
Da solidão
Plantaste em mim
A paixão

Ah, nem a rica natureza e sua beleza
Me levantava o ânimo

Não tinha planos
De sair, nem me divertir
Mudou tudo
Quando te vi

Vieste armada
Camuflada para essa guerra

Venceste a fera
A fria desilusão
Que me assolava

Amarga decepção
Que me tirava os prazeres
Da vida

Vieste decidida
A me salvar
Tudo mudou quando te vi
E passei a te amar.

01.06.01


“Yo no soy más que um poeta, sin outro bien que mi lira”.


Morrer por você


Morri por você
Lutando nas cruzadas

Morri na guerra
Fui judeu
Fui torturado
E você nada sofreu

Te protegi e morri
Na ditadura militar

Fui comunista
Morri e ainda morro por te amar,

Sempre morrerei
Quando for preciso
Só para ver sempre o seu belo sorriso
Cheio de alegria

Essa é a ironia
Do amor
Me sacrifico, suporto
A dor
Para que estejas sempre com alegria.


“Eu morreria por você,
Na guerra ou na paz, eu morreria por você
Sem saber como sou capaz”.

IRA!


VENHA VER O SOL NASCER


Abra sua casa
Saia para ver o sol
Nascer e se por
Sinta, respire o amor

Me dê a mão
Não se deixe ficar
Trancada a trabalhar

Divirta-se no que faz,
Se deixe levar
Por sentimentos bons

Abra seu coração
Não seja tola
E sem emoção
Saia pela manhã
A correr
Venha ver o sol nascer.

18.05.01


“E agora eu vejo aquele beijo, era mesmo o fim
Era o começo e o meu desejo se perdeu de mim”

RPM (A cruz e a espada)


Lembranças
Da chuva


Me lembro da chuva
Caindo você sorrindo para mim

Lembro da chuva
Nas folhas das árvores

Lembro da chuva

Lembrarei sempre
Das suas gotas
Molhando nossas roupas
Naquela noite triste

Lembrarei
Sempre que meu coração
Puder bater descompassado

Quando te via

Lembro da chuva
E de como você sorria
Dançava e comigo brincava

Lembro de tudo
Da chuva, dos beijos e de como fui feliz
E não percebi.

13.12.01








Gíria de Pivete

Detesto gíria de pivete
Tio, sinhô
E K.o
Que tosco

Detesto gíria de Pivete
Que te assalta com um canivete

Que violenta sua mina
Na esquina
E com sua grana compra cocaína

Detesto gíria desses moleques
Sacanas, que devem ficar em cana
Ou então morrer

Detesto gíria de pivete
Que mascam chiclete
E comem feito putas
Com a boca aberta

Alerta aos governantes
Desse país

Aos direitos humanos
Que protegem criminosos
Sem esperança
Em corpo de crianças

Delinqüentes, assassinos
Nas mãos deles
Somos marionetes

Por isso
Detesto gíria de pivetes.

BELEZA infundamental

Entenda
Beleza não é tudo
Perceba,
Pense no futuro

Beleza não é tudo
É apenas carne
Um dia a gravidade
Derruba essa é a lei

Por isso tente aprender
Pois de nada vale a beleza
Sem o saber

Estude, pense e escute os mais velhos
Medite, trabalhe
Escute os conselhos

Que a vida é uma estrada diversa
E cheia de perigos
Mas que recompensa os verdadeiros amigos

Sem arrogância
Tenha fé e esperança
Perceba querida menina
Mimada
Que nesse mundo confuso

Beleza, meu bem,
Não é tudo.


Beijo sem língua

Quantas coisas eu provei
Me arrebentei
Fiz besteira, algazarra

Mas beijo sem língua
Essa foi a primeira,

No começo achei que era timidez, sei lá
Depois até me acostumar
Descobri que tudo pode se provar

Um beijo sem língua ao luar
Pra variar, uma companhia para me consolar
E ver o ano-novo chegar
A beira mar

Beijo sem língua e sem pensar

Beijo sem língua
E sem amor

Beijo sem língua
Tem o seu valor
É só provar

Beijo sem língua
Pra variar.


05.01.06

De você

De você eu quero os beijos,
Os desejos, os ensejos amorosos

A excitação ofegante
O afago gostoso,
O cabelo sedoso
Com o cheiro maravilhoso

De você
Quero tudo de um jeito atroz
Que me faz amar

De você
Quero lembrar
Quero me embalar
Em seus braços
E ser
Só seu

De você
Quero as flores,
Os méritos , o sexo

De você
Quero tudo e nada mais.


Aventureiros Românticos

Revolucionários,
Guerrilheiros,
Ditadores,

Piratas
E flibusteiros

Todos procuram
Uma coisa só:
O amor verdadeiro

Atravessam a selva,
Se escondem na Savana, no Congo
E na América Latina

Atravessam os mares
Em batalhas selvagens
Em cruéis desafios,

Em carros blindados
Em porta-aviões

Em caças
Supersônicos

Em sonhos procuram só o amor

São aventureiros
Que idealizaram uma meta:
Fugir da solidão

Tem fama de durões, as vezes
Emagrecidos, esses valentões choram escondidos
Em porões, em esconderijos

Abrigos anti-bomba

Na sombra, no entardecer
Eles querem mesmo é deixar de sofrer

Deixar essa solidão
Que os abate
E angustia

Sua busca, seu cálice
Sagrado é uma coisa só:
O amor, o gosto de amar e ser amado

Anarquistas,
Comunistas,
Extremistas e aventureiros
Procuram uma coisa só:
O amor verdadeiro.





Iracema


“Iracema a virgem dos lábios de mel
Sua triste história imortalizada no romance
Em prosa de José de Alencar,
Triste seu pesar, sua sina,

Iracema doce virgem
Índia que ao amor do homem branco se entregou
E por ele sofreu martírio
Dele teve um filho
Que a custo do seu sangue amamentou

Iracema a índia dos lábios de mel
Que para a eternidade ficará nas areias do Ceará. ’’


Thiago Guimarães.

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