domingo, 21 de junho de 2009

SUBMUNDOS - CONTOS

JASÃO E MEDÉIA


Jasão era um gigolô profissional morava num cortiço muito mal afamado, Medeia era uma coroa muito rica e gostava de sair com rapazes mais novos, quando conheceu Jasão logo se encantou por ele. Passaram a sair juntos, ela logo descobriu seus gostos e também que ele tinha um filho, o pequeno Ícaro que ele adorava, dedicava muito de sua vida a ele, porque fizera uma promessa a mãe do garoto em seu leito de morte.
Sua incumbência numa vida louca que ele levava, mas a criança entendia Jasão sempre deixava uma das meninas que moravam no cortiço cuidarem dele, tinha um carinho especial pelo filho.
Seu relacionamento com Medeia ia muito bem e duraria muito mais se não fosse o ciúme, Medeia ultrapassava os limites, perseguia Jasão, mandava investigar, mas o que ele não podia suportar eram as ceninhas, em qualquer lugar que eles fossem era a mesma coisa, tiveram então uma briga feia num restaurante, ela até mesmo rasgou suas roupas, tudo por ciúme de uma garçonete:- Não dá mais Medeia, chega, acabou !- Você não pode fazer isso comigo Jasão, tudo por causa dessa vaca!!!- Não é por isso, é por você seu ciúme incontrolável, não posso continuar com uma pessoa assim !- Ela agarrou sua roupa e fez um escândalo, Jasão foi embora, chegou em casa chateado e o pobre ìcaro, seu filho o consolou:- Que foi papai, ta triste?- Nada não, você é o único bem precioso que o papai tem, me entende e vai ter uma vida melhor, te garanto, agora dorme filhinho!- Jasão emocionado beijou a testa do garoto.
No dia seguinte Ícaro ficou aos cuidados de uma das vizinhas, Jasão foi tentar a sorte com outra de suas conquistas, voltaria só no final da tarde, ao ver ele sair de casa Medeia apareceu e dispensou a menina dizendo que Jasão pedira para ela cuidar do menino. Jasão voltava para a casa no fim da tarde com um aperto no coração, mas nada podia estar melhor, conseguira um apoio financeiro e Medeia nem lhe telefonou, ainda bem, ao se aproximar do cortiço viu um movimento grande de pessoas e alguns carros da polícia, se alarmou, apressou o passo e foi contido pela dona do local em lágrimas:- O que houve dona Sabrina?- Uma tragédia filho, uma coisa terrível!- Preciso ver o Icaro!- Tentaram dete-lo, mas ele empurrou todos com força e subiu com o coração apertado, quando chegou ao quarto o que viu o deixou desnorteado, uma cena grotesca se desenrolou diante de seus olhos, Ícaro estava estendido no chão ensangüentado, ao seu lado o corpo de Medeia, correu pegou o corpinho de seu filho nos braços, Ícaro tinha apenas 10 anos, estava morto, havia sido esfaqueado, a causa, ciúme, loucura? Não se sabe. Assim como na tragédia mitológica, ela se suicidou depois de assassinar o que mais precioso Jasão possuía, a última cena da tragédia mostra apenas um pai desesperado com o corpo inerte do filho nos braços.

FIM



Jack

Deixa eu te contar uma história realmente arrepiante, dessas de congelar os ossos, (os meus estão congelados até agora) eu conheci o velho Crane em um dos meus passeios de bicicleta, era um senhor que se mudara há pouco para a rua de casa, dizia-se que não falava com ninguém era descendente de americanos por isso o sobrenome e o sotaque, eu o vi parar cansado com algumas sacolas com compras e me ofereci para ajuda-lo, me chamo Téo, tenho 13 anos, mas, voltando a história.
Eu o ajudei a carregar as compras até a casa dele, passamos a conversar todos os dias. O velho Crane me contava muitas histórias, uma delas começou a me empolgar, o senhor Crane me contou sobre um garoto que desde pequeno gostava de ver sangue, pessoas sendo mortas nos jornais, era aficionado por isso, até que um dia começou a matar de verdade, sempre que a história do senhor Crane estava melhor ele deixava para me contar outro dia:- Mas, senhor Crane!- Não você deve ter o que fazerr!- Ele falava puxando os erres sempre eu ia para casa curioso e no dia seguinte continuava a história do garoto, mas cada dia ficava pior, por fim, numa dessas visitas ao senhor Crane ele me disse que terminaria a história no dia seguinte e a curiosidade me deixava sem sono e agitado, por fim, numa dessas visitas ao senhor Crane ele me disse que terminaria a história no dia seguinte .
Meus pais estavam viajando, então resolvi dar uma escapada de casa para a casa do velho ao chegar lá não o encontrei:- Senhor Crane, senhor Crane!- Estava tudo escuro, desci as escadas e fui parar no subsolo, no porão, lá estava ele com um sorriso estranho:- Senhor Crane, senhor Crane o senhor está bem?- Oh sim entre garoto, estou apenas amolando umas facas para cozinhar!- Entrei lá e ele terminou de contar a história, o garoto depois de cometer muitos crimes sem ninguém saber, fugiu de casa, cresceu e continuou matando em outro país:- Mas, peraí o senhor não me disse para onde ele foi qual o nome dele e se essa história é mesmo real?-
Então eu tive a surpresa, o senhor Crane pegou a faca, me jogou numa espécie de cela no porão e enquanto amolava a faca me contou com um brilho sinistro no olhar:- O garoto foi para o Brasil, se tornou um velhinho que adorava contar histórias, seu passatempo predileto era atrair garotinhos esquarteja-los e fazer o que fazia com suas vítimas depois disso!- O que ele fazia?- Perguntei trêmulo:- Comia a carne de suas vítimas e para responder sua pergunta a história é real sim, e o nome do garoto é Jack Crane!-
Por isso eu lhes disse que meus ossos estavam gelados de medo, eu me chamo Téo tenho 13 anos e estou aqui no porão da casa de um louco há horas, se puder mandar ajuda seria seguro, estou ouvindo um barulho de passos, acho que é ele vindo para me matar, por favor:

SOCORRO!!!!

30 DE NOVEMBRO DE 2006.



GAROTO ESTRANHO


Ele era uma criança estranha quando nasceu não chorou, mas isso não foi o pior, os anos foram passando e aos 12 anos Dani era um garoto estranho, sozinho que não tinha amigos nem ao menos se interessava em ter, quanto aos interesses, ah, ele tinha por animais, sapos, gatos e até cachorros ele os acolhia levava para o porão da sua casa e matava, mutilava a sangue frio. Mas as coisas realmente começaram a ficar estranhas quando eu o conheci foi na escola eu o defendi de uns garotos que estavam batendo nele e acabei ganhando um pouco sua confiança, hoje ao escrever esse relato penso que Dani podia ter se salvado se quisesse, mas, voltando ao assunto, Dani me levou para o que ele chamava de seu canto preferido, um bosque lá ele me contou um pouco do que fazia e disse que aqueles meninos teriam o que mereciam puder ver ódio em seu olhar:- Eles sempre me perseguem aqueles putos!- Fez algo que eu desacreditei num garoto de doze anos, acendeu um cigarro:- Você, você?- Que foi? Vai dizer que nunca fumou na sua vida?- Eu fiquei pasmo, com cara de bobo, Dani deu-me um tapinha nas costas e sorriu, um riso franco de criança, mas que me deu arrepios. Nos dias que se seguiram andei junto com Dani pelas ruas pichamos muros, o vi maltratar mendigos sempre com um sorriso inocente, era bem visto e querido pelas senhoras, ajudava-as a atravessar a rua, me parecia normal, mas no fundo aquele seu olhar não me enganava, Dani era dissimulado, fingia ser bom, num dia em que eu faltei a aula porque estava gripado ele apanhou dos tais garotos, chegou a faltar no dia seguinte, fui na casa dele encontrei-o com o olho roxo, a boca machucada etc:- O que foi isso Dani?- Ele me olhou com aquela expressão que me gelava o coração:- Quem você pergunta? Aqueles putos, mas eu vou acabar com eles você vai ver!- Dani levou-me até o porão, então eu soube que estava diante de um ser perverso, o porão estava cheio de máquinas de tortura em miniatura e facas muitas facas de variados modelos e tamanhos, Dani sorriu e acendeu um cigarro, um riso perverso ao qual eu nunca habituei-me:- Vê, eu vou destruí-los, todos eles, veja isso!- Então eu tive certeza da sua maldade, da sua grande crueldade, ele pegou uma arma um revólver 38:- É com essa belezinha que eu vou me vingar!- Eu fui embora disfarçadamente, mas minha vontade era sair correndo e gritando, no dia seguinte aconteceu um massacre no Colégio Jânio Quadros, um garoto com um revólver, Dani atirou em cinco garotos e um professor e com uma faca cortou suicidou-se, o motivo até hoje não sei, mas desconfio, Dani era um garoto estranho, desde pequeno, hoje ainda ao fechar os olhos a noite vejo ele mostrando-me aquela arma, com um cigarro na boca e aquele sorriso, todas as noites me arrependo de não ter alertado as autoridades, mas quem iria acreditar que um menino de doze anos com um sorriso de anjo era um assassino? Os olhos dele nunca em enganaram, Dani era realmente mal.




SANGUE SECO


Realmente eu já vi coisas estranhas nessa vida, mas passar por aquela cidadezinha no fim do mundo deixou-me assustado, vou começar pelo início. Eu estava em uma viagem de negócios, afinal sou um vendedor, uso meu velho chevette branco para vender artigos de uso doméstico, tipo, panelas e outros utensílios de ótima qualidade, meu carro foi quebrar justamente ali a beira de uma estrada que levou-me a tal cidade, cercada por um mangue, consegui ajuda e deixei o carro no conserto, fui a um bar e pedi informações sobre um lugar para passar a noite, consegui um quartinho em uma pensão aonde instalei-me:- É só por essa noite mesmo!- De madrugada as coisas estranhas começaram a acontecer, ouvi uma espécie de tilintar de facas, espadas parecia uma luta e o barulho era intenso eu podia jurar que vinha do mangue, passei a noite em claro. No dia seguinte fui a oficina e o meu carro ainda não estava pronto, eu já estava impaciente e com medo de ficar por ali ainda mais depois da noite mal dormida:- Amanhã!- Está bem, eu não tem escolha não é?- Minha curiosidade sobre aqueles barulhos era muita, por isso resolvi perguntar para alguém que morava ali há mais tempo, conversei com um homem no bar:- Quer dizer que o forasteiro já ouviu a luta no mangue?- Luta?!-
No princípio eu não acreditei naquela história, parecia fantástica e sobrenatural demais, dois homens que brigaram por uma mulher, o melhor amigo saiu com a esposa do outro, os dois começaram uma briga, uma luta de facão dentro de um barco no mangue, uma luta de facão que durava anos, os dois nunca mais foram vistos e até hoje podia se ouvir o barulho dos facões batendo um no outro, eu normalmente acharia muita graça numa história daquelas, parecia sair de uma imaginação muito fértil, de um filme de terror, mas depois da noite mal dormida por aqueles barulhos vindos do mangue:- Isso é balela, vou-me embora daqui!- Sai do bar com um misto de raiva e medo, mas a noite reservou-me surpresas.
Não escutei nenhum barulho mas sonhei, eu estava no mangue e ouvi o barulho dos facões, eu estava no barco onde os dois homens com barbas longas lutavam sem parar, eu tentei sair mas não conseguia, de repente a ponta de um desses facões cortou-me o braço, só um pequeno corte o sangue manchou minha camisa branca, eles olharam pra mim e me jogaram do barco no meio do mangue eu me debatia, foi assim que acordei de madrugada assustado e não dormi mais.
No dia seguinte olhei minha camisa branca havia uma mancha vermelha de sangue, sangue seco aquilo assustou-me meu carro estava pronto e nem me despedi, fui embora olhando pra trás pensei ter visto um rosto barbudo no mangue, nunca mais voltei a essa cidade e passei a acreditar em fantasmas.

FIM

CIDADEZINHA



O forasteiro chegou àquela cidadezinha de um jeito discreto, (tinha que ser assim) pensou ele, pois seus planos ali dependiam dessa discrição, Bonança era uma cidade no meio do nada a beira de uma rodovia perigosa. O forasteiro usava roupas pretas e um chapéu de abas largas tinha cabelos longos e grisalhos, fumava e gostava jogar cartas as vezes, era experiente no poker. Chegou a uma mercearia tosca pediu uma cachaça e um maço de cigarros:- Meu amigo diga-me sabe aonde posso encontrar o padre Bernardo?- O homem pareceu estranhar aquele sujeito com roupas esquisitas pedir um padre, ainda mais o padre Bernardo, mas lhe falou:- Está na igreja de Santa Clara!- Falou isso como se em Bonança houvesse outra igreja senão a de Santa Clara padroeira da cidade, se virou de costas e foi explicar ao homem aonde era a igreja, mas quando procurou-o o dinheiro estava no balcão e ele já havia desaparecido:- Mas que maluco, ainda bem que pagou!-

O padre Bernardo estava com uma garotinha no confessionário ela devia ter doze anos no máximo, ele fazia o que sempre fizera escondido, molestá-la sexualmente, a porta da igreja foi escancarada a menina saiu correndo, o forasteiro viu o padre se ajeitando:- Vá garota, eu tenho assuntos a tratar com esse maníaco pedófilo!- O que deseja? Por que invade assim a casa de Deus?- Vejo que continua sendo o mesmo velho nojento e filho da puta de sempre não é? Padre Bernardo?- Olha como fala, estamos na casa de Deus!- O forasteiro riu, um riso sarcástico e sem graça: - O senhor faz coisa pior na casa de Deus seu desgraçado, mas chegou a hora de acertar suas contas, aliás, as nossas!- Tranquilamente fechou as portas da igreja, pegou o pescoço do padre e apertou:- O senhor é um pedófilo infeliz!- Quem é você?- Quem sou eu?- Falou ao ouvido do padre que estremeceu, o forasteiro continuou apertando o pescoço do padre Bernardo até ele não se debater mais:- Você foi o primeiro!- Ele tirou as luvas e as jogou fora e saiu pelos fundos da igreja.

O corpo do padre foi encontrado no dia seguinte, todos em Bonança sabiam que ele não prestava, inclusive Eleonora a mãe da pequena Júlia que ele molestava a troco de comida.
Miguel Fernandez estava com um de seus amantes quando bateram na janela, gay não assumido o dono do único banco da cidade sobressaltado abriu a janela:- Olá Miguel, continua saindo com rapazes mais novos?Oferecendo-lhes posição social e dinheiro?- Miguel ficou assustado, estava apenas de roupão, mandou que seu amante saísse, era um rapaz novo de uns 17 anos, o banqueiro tinha 42, acendeu um cigarro com as mãos tremulas :- Pode falar quem é você? O que quer de mim, dinheiro?- O forasteiro olhou para os olhos assustados do banqueiro:- Vou começar com a segunda pergunta, o que eu quero? Sua vida, mas prefiro que ela seja tirada de acordo com meus planos, quanto a quem eu sou você vai saber!- O forasteiro falou ao ouvido de Miguel que se afastou apavorado, tentou correr, mas um tiro resolveu tudo, o forasteiro tirou o silenciador e as luvas:- Xeque-mate!- Miguel Fernandez foi encontrado morto em seu elegante solar no centro da pacata Bonança:- Dois assassinatos, olhe isso delegado!- O delegado Carlos tomou a frente das investigações, encontrou ao lado do corpo uma medalha de Santa Clara:- É a medalha do Padre Bernardo ele sempre a usava na missa!- Você é religioso Borges?- O rapaz ficou sem graça, Borges era novo na polícia começara como office-boy mesmo tendo estudado, o novo delegado de Bonança lhe dera uma chance, fez dele seu parceiro em todos os casos, inclusive esse agora de dois assassinatos em tão poucos dias:- Diga-me Borges e o que você acha disso aqui encontrado no bolso da vítima?- Carlos enfiou a mão no bolso de Miguel e achou um papel dobrado:- Uma carta leve-a para analise !- Mais tarde naquela noite o delegado analisou a carta:’’ Não posso mais o padre descobriu nosso segredo e está me chantageando, mandei um profissional matá-lo, mas você está dificultando as coisas, quero assumir tudo entre nós e fugir dessa cidade hipócrita, se encontrarem essa carta eu já terei me suicidado e a fuga terá fracassado”.
- Mas que droga, isso está cada vez mais confuso a todo instante uma evidência estranha!- Delegado? Até a essa hora aqui?- Sim Borges estou tentando montar este quebra-cabeças, alguém estranho foi visto na cidade?- Borges coçou o cavanhaque minúsculo que começava a surgir:- Há informes sobre um forasteiro que foi visto na mercearia do Seu Altair precisamente no dia do assassinato do padre Bernardo!- Meu Deus! É o elo que faltava na corrente, porque não me avisou antes?- O senhor não perguntou!- Aprenda uma coisa para ser um bom detetive tudo é importante até os mínimos detalhes, até um grão de pó entemdeu?- Borges confirmou usaria esses ensinamentos mais tarde. O forasteiro tapeara a polícia, embaralhou as duas mortes fazendo com que parecessem ligadas, pois seu passado fora um inferno por culpa dos dois, Miguel que na época era apenas um boy e o padre Bernardo novo na cidade e com sua queda por criançinhas e dinheiro fácil, mas o pior deles era o dono da propriedade mais importante de Bonança, Edgard Willian um descendente de americanos que construíra a fábrica de tecidos mais importante da cidade. As malhas Willian e que fora sócio de seu pai, o forasteiro estava na casa dele na fazenda, enquando Edgar dormia com prostitutas, bêbado cheirando a uísque :- Aproveite a sorte Edgard! – Quem é você? Como entrou aqui?- Não me reconhece? Que surpresa o astuto senhor Willian, a raposa velha que fez um império surgir de uma pequena oficina, não é essa a história que contam de você por aí?- Edgard ficou irritado e com medo, expulsou as moças da cama:- O que você quer?- O forasteiro então sorriu:- Chegou ao ponto correto eu quero você morto, depois jogo a culpa dos assassinatos em um homem que morreu em um incêndio, você fez seu sócio suicidar-se, o meu pai, lembra?- O velho estremeceu, nem podia imaginar que o Roger seu ex-sócio tinha um filho e tão disposto a se vingar, foi aí que o homem mais poderoso de Bonança teve medo:- Filho do Roger, por favor eu não posso pagar por algo que aconteceu há muitos anos, eu era jovem e ambicioso!-
O delegado Carlos e o fiel Borges folheavam os velhos jornais e arquivos da biblioteca municipal:- Aqui Borges, escute isso, o eminente sócio da Willian e Sampas tecidos Roger Sampas incendiou a plantação de milho do prefeito, com a intenção de comprar o terreno por um preço mais baixo depois? Dias depois foi preso e foi encontrado morto na cadeia enforcado, ele alegou inocência até o fim, mas o único a acreditar nele foi seu único filho!- Delegado, temos uma emergência, vem da fazenda do senhor Edgard!- O que?- Vamos pra lá agora eu já descobri tudo e se dermos sorte o assassino do padre e do banqueiro está com sua última vítima!-

Na casa da fazenda o forasteiro jogou álcool em cima do empresário :- O que está fazendo?- Já espalhei pela casa toda!- Como conseguiu entrar aqui? – Eu consegui tudo com uma determinação feroz e vingativa sabe?- Você é louco?- Na hora em que o forasteiro acendeu o isqueiro e jogou Edgard sacou de sua pistola e deu um tiro para o alto, o corpo dele pegou fogo, quando Carlos e Borges chegaram era tarde demais, o ajudante do delegado correu porque viu um vulto, usava um chapéu e contemplava o fogo de longe, ao lado de um carro:-Lá está ele delegado!- Mas ao se virar ele já havia desaparecido, foi a vingança mais bem elaborada que os dois policiais já viram:- Ele era o filho de Roger Sampas mas porque matou o Miguel e o padre Bernardo?- Elementar meu caro Borges, Edgard sabia que o jovem Miguel era ambicioso mas arredio e medroso, propôs a ele que incendiasse a plantação do prefeito com a garantia de um trabalho no banco e assim Miguel Fernandez fez fortuna!- Mas e o padre?- Essa é a parte que eu suponho, o padre Bernardo era o confessor do garoto e o molestava sexualmente desde os 10 anos, prometendo envergonhar o garoto se ele contasse para alguém, deve ter sido difícil a vida desse garoto que viu o pai ser preso e condenado por um crime que não cometera, perder a fortuna para o inescrupuloso Edgard Willian!- Borges estava boquiaberto:- Nossa delegado o senhor é um excelente detetive, deduziu tudo isso?- O delegado riu alto:- As vezes precisamos usar o cérebro Borges ou apenas achar um diário que o forasteiro deixou cair!- Elementar caro delegado!- Os dois foram embora só precisaram chamar os bombeiros para conter o incêndio, da fazenda só restou um galpão que anos mais tarde seria palco de uma outra história em que o mais velho Borges seria um dos protagonistas, mas essa é uma outra história dessa cidadezinha chamada Bonança.

FIM

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